Esses dias, eu aproveitei um pouco minha “folga” de final de ano para fazer algo que eu vinha enrolando há algum tempo: arrumar minhas fotos antigas, de criança.
Pra quem não sabe, também estou de mudança, então o tempo que tive sem trabalho, junto a obrigação de arrumar (ou desarrumar) as caixas, criou o clima perfeito para essa missão.
Eu não sei vocês, mas sempre nessa época do ano, eu fico bastante emotiva. E memórias também nos remetem a fortes emoções, né?! Enfim, foram mais de duas horas arrumando fotos e muitas lágrimas, por diversos motivos. Fotos da minha família, familiares que não estão mais aqui…
Uma coisa curiosa: as fotos que mais me emocionaram foram dos meus momentos na natação.
Aqui, vale um parênteses: eu fui nadadora durante 12 anos da minha vida. E o esporte me ensinou muitas coisas que eu levo pra minha vida, seja no pessoal, ou no profissional. Inclusive, recentemente, postei um reels falando um pouco sobre isso.
Voltando às memórias das piscinas…
Como a natação é um esporte bonito! É um esporte onde o foco é você, o tempo todo.
Mas como ao mesmo tempo é um esporte de time. Eu lembro que eu ganhei diversas medalhas, mas a única coisa que realmente importava era o resultado final do time. A gente ia para uma competição nacional e só pensava no troféu maior, dado para o time vencedor.
Pra quem vê de fora, pode parecer chato. E, realmente é! O treino é um saco. Você fica lá, sozinho, com a cabeça na água, nadando para um lado, para o outro, durante 3 horas. Literalmente contando ladrilhos. Ninguém acha isso divertido. Nunca conheci um nadador que curtisse isso. E mesmo assim é um esporte com muita aderência.
Outro fator interessante na natação é de como estamos em um ambiente anti-frágil. Todo dia, você quer ser 1% melhor. E nem todo dia você consegue. Muitas vezes, sua performance é um lixo. Em outras, seu treino é maravilhoso e você ganha forças para voltar lá e continuar melhorando.
Nas competições, é a mesma cena. Me lembro bem dos campeonatos em que eu ia mal, mas sempre tinha meus companheiros torcendo por mim e me apoiando, quando eu saía da água. Independente do resultado, a competição era uma comemoração de todo o esforço que nos levou aquela competição.
Ao mesmo tempo, sempre tinha alguém que se superava. E isso também era muito comemorado.
No final do dia, isso é um ambiente anti-frágil. É quando você tem pessoas ao seu redor, para quando as coisas dão ruim, você sair mais forte disso. Isso é um time de natação. Isso também é uma empresa bem sucedida.
Disso tudo, o mais importante pra vida é como você consegue aprender a aproveitar a jornada e o dia a dia. É estar presente naquele momento e não focar somente no resultado! Os números são apenas consequência.
Ontem mesmo, eu estava aqui surtando com os resultados das redes sociais, mas depois dessa reflexão, me lembrei que independente dos números, isso era algo que eu sempre quis fazer na vida. Escrever um pouco todos os dias. E é isso o que eu tenho feito, já tem quase 2 meses.
Olhar para trás, para essas fotos, me fez lembrar muito de focar na jornada e construir ambientes anti-frágeis.
É isso o que eu espero construir dentro das minhas empresas, um lugar onde as pessoas possam falhar, errar e sair por cima. Não é ser complacente com os erros, mas permitir que eles existam.
Às vezes, o resultado vai ser muito bom, outras, nem tanto. Mas, na média, a empresa vai estar sempre crescendo.
