“Para ter sucesso, antes de mais nada, precisamos não ter medo do sucesso”
Quem vem acompanhando meu caminho nos últimos meses, percebeu que mergulhei de cabeça em um projeto no Instagram e no Linkedin, compartilhando mais publicações, stories e reels.
A ideia? Transformar-me numa influenciadora nesse vasto universo do empreendedorismo. Ou talvez não. Como sempre digo, é melhor tentar do que se arrepender por não ter tentado.
Comecei com modestos 800 seguidores. Agora, são quase 1200. Pode não ser um aumento “estrondoso”, mas considerando o tamanho da base inicial, os resultados são, no mínimo, interessantes, concorda?
Hoje, ao acordar, me peguei pensando: “Caramba, não sei se quero realmente fazer isso. Ser uma influencer? A internet é um lugar cruel. Lidar com críticas, insultos, ódio… os famosos haters. E ainda tenho que passar mais tempo no meio digital, algo que sei que não faz bem para minha mente.
Mas então, me dei conta de que estava antecipando sofrimentos por algo que ainda não vivi. Estava baseando minhas angústias em relatos soltos, sem uma pesquisa aprofundada sobre o impacto mental dos influencers. Até agora, meu Instagram é relativamente irrelevante. Se a experiência for terrível, posso simplesmente deletar todas as minhas contas e seguir em frente. Não é um caminho sem volta.
Foi aí que percebi que estava lidando com um velho conhecido, um medo que já me assombrou antes, mas que não tinha identificado: o medo do sucesso. Falamos muito sobre o medo do fracasso, mas pouco sobre o medo de alcançar o sucesso. Especialmente para pessoas como eu, com TDAH, que passaram muito tempo sendo rotuladas como preguiçosas, inadequadas, ou simplesmente burras.
Essa “Síndrome do Impostor” nos persegue. Sempre que compartilho algo, surge o medo de ser chamada de mentirosa, de estar falando bobagem. E há também o medo do sucesso, especialmente no contexto das carreiras femininas. Uma pesquisa aponta que 75% das executivas, antes de atingirem altos cargos, passaram pela Síndrome do Impostor.
Retomando o medo do sucesso, volto a um texto recente sobre o Curso Budista da Pema Chödrön, que destaca a importância de começar algo, dar um tempo para refletir e, quando o caminho estiver claro, simplesmente seguir em frente. Decidi me aventurar nas redes sociais, e vou executar isso nos próximos meses, como planejado. Não posso tomar decisões sobre o futuro baseando-me apenas no que sinto agora. Preciso viver, experimentar. Minha opinião pode diferir da de outros, e tudo bem.
Nenhum caminho para o sucesso é irreversível. Se eu alcançar o sucesso e não gostar, está tudo bem desistir. Mas não vou desistir antes mesmo de experimentar. Não vou permitir que o medo do sucesso me paralise. Vou viver, sentir, antes de tomar qualquer decisão. Sem medo do sucesso!
