Blog

Share

Academia do TDAH

ACADEMIA DO TDAH

Academia do TDAH: Da Inatividade a Ação

A reflexão de hoje é sobre a Academia do TDAH, uma técnica que desenvolvi para harmonizar rotina e variedade, afastando de vez o sedentarismo da minha vida.

Antes do meu diagnóstico de TDAH, eu achava que tinha que escolher uma única atividade: “vou nadar”, “vou jogar vôlei”, ou “vou me matar na academia todos os dias”.

Variedade e Rotina: A Chave para Combater o Sedentarismo com TDAH

Percebi que isso não fazia sentido. Depois de parar de nadar, lá atras, com 16 anos, eu não conseguia manter um ritmo constante de treino. Sempre variava entre ir com tudo no vôlei de praia por três meses e passar os três seguintes de boa no sofá.

Após o diagnóstico, conectei os pontos: o TDAH demanda variedade e rotina. Como conciliar esses elementos? Já estava imersa em uma vida sedentária; como sair dessa situação?

Foi aí que eu criei o que chamo de “Academia do TDAH”.

Como funciona? Cada dia tem uma atividade diferente. Segunda, quarta e sexta é academia; terça e quinta, pode ser caminhada, nado livre ou até dança. Tô até pensando em começar um jiu-jitsu. Jogo vôlei de vez em quando, surfo às vezes. Dessa forma, mantenho a variedade, mas com uma rotina.

Mas aí você vai perguntar: Jú, academia tradicional não rola, aquela mesmice não funciona pro TDAH, né?!

Então, qual é a jogada? Eu me inspirei no Arnold Schwarzenegger: um exercício até a falha, uma máquina de cada vez. Tento malhar uma hora num dia, mas nos outros dois, faço 15 minutos, botando peso pesado. Aí mudo pra metade do peso e vou até a falha. Com o tempo, tô pegando mais carga e vendo resultados.

E como todo bom portador de TDAH, eu adoro aprender sobre as coisas. Foram meses estudando sobre malhação até entender a importância de trabalhar bíceps, tríceps, costas, pernas, e glúteos. E também que eu posso fazer isso usando halteres, máquinas, cordas… em outras palavras, consigo encontrar essa diversidade mesmo estando numa academia tradicional e manter uma rotina de treinos variada.

É o melhor?! Não sei, mas é o que eu faço. E o melhor treino é aquele que você consegue fazer. Pode até ter treinos mais legais por aí, mas se você não for, não adianta nada.

Pena que eu levei uns dez anos para aprender isso! Podia ter chegado a essa conclusão muito mais rápido e com muito menos traumas, né?

Outro dia, conversando com um amigo que já tinha o diagnóstico há bastante tempo, percebi que ele enfrentava dificuldades semelhantes na busca por técnicas específicas para pessoas com TDAH. Ele estava lutando para manter uma rotina esportiva. Comentei sobre meu método e quando ele escutou, parece que a vida dele mudou:

“Nunca ouvi nada parecido. Acho que consigo fazer isso! É totalmente possível!”.

Por isso, considero importante compartilhar isso.

A vida sempre apresenta desafios, e muitas vezes não conseguimos seguir o caminho que imaginamos. No entanto, fazer algo é sempre melhor do que não fazer, e isso se aplica também ao esporte.

Pra mim, esse método é uma vitória e, conforme eu vou praticando, eu vou melhorando nas várias atividades físicas que eu escolhi, aumentando o tempo, a intensidade e continuando aquela prática.

Resumindo: a reflexão de hoje é sobre se entender e se aceitar, sacou?

Juliana Brito

Juliana Brito

Juliana Brito é empresária, CEO e cofundadora da Indie hero e da GJ+, empresas focadas no desenvolvimento do ecossistema de jogos no brasil com ativações em eventos como Rock in Rio, rio Innovation week, Innova Summit, Casa Brasil Israel e Rio2c. fellow YLAI. Além disso, é mentora de pitch, negócios e games em eventos como innovativa Brasil, NASA talks, DNA empreendedor, startup weekend etc.

Leia mais

Brasil nos Games: Representações Brasileiras nos jogos Gringos

O Labirinto do Empreendedorismo

Quem lidera o processo de criação de um game? Conheça o Game Producer

O Caminho da Liderança: Assumindo Responsabilidades e Arriscando para Crescer.

subscribe to our newsletter

Captcha obrigatório
Seus dados foram cadastrados com sucesso!